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Com versão beta em fase final de elaboração, aplicativo móvel financiado com recursos da FAPERJ busca recuperar o passado de patrimônios históricos da cidade de Niterói, ampliando a conexão entre a Universidade e a sociedade. Lançamento está previsto para o segundo semestre e avança na fronteira entre as áreas de tecnologia da informação, do designer e da História.

15/08/2024

Por Alan Dutra Cardoso

Nos últimos anos, o Proprietas enfrentou o desafio de pensar a relação entre a Academia e a sociedade, a partir da criação de ferramentas digitais. No caso do projeto FantApp, isso se deu através do levantamento prévio de informações acerca do que Márcia Motta definiu, no passado, como "patrimônio fantasma". A aplicação que está a ser construída para o público está assentada no debate teórico construído no interior do Instituto, que ganhou novos contornos após intensa discussão com profissionais de áreas como a da tecnologia da informação e do desingner. Pretende-se, assim, que os usuários recebam o conteúdo elaborado pela equipe vinculada ao projeto temático no decurso de duas principais vias: o acesso direto ao site; ou com notificações em seus celulares, quando da autorização prévia concedida por eles ao fazer o download nas lojas digitais.

Apoiado pelo levantamento iniciado pela equipe do Proprietas desde 2014, concretizar-se-á uma maior visibilidade à criação, utilização e difusão do conhecimento acerca das memórias locais. Serão empregados, para dar subsídio ao software, dois bancos de dados acerca dos intitulados patrimônios fantasmas: o primeiro, consolidado até a presente data e disponibilizado, até então, no Mapa de Patrimônios; e um segundo, a ser constituído com recursos financeiros e humanos provenientes da FAPERJ e das contrapartidas do Proprietas, já em execução por parte de dez bolsistas de iniciação científica, sob orientação de docentes vinculados ao projeto.

O objetivo do aplicativo é levar o cidadão a uma viagem virtual ao passado, por meio do envio de notificações georreferenciadas para dispositivos móveis. A construção de uma aplicação gratuita, com as mais recentes tecnologias utilizadas, buscará armazenar e disponibilizar memórias, fotografias, mapas e outras informações em relação aos patrimônios fantasmas em análise. Numa segunda etapa, serão produzidos podcasts subvencionados por entrevistas a serem realizadas com a população, acerca de um patrimônio outrora existente, e os jogos de memórias sobre aquele local. 

O projeto intenta, desta forma, articular universidade, comunidade e autarquias municipais na publicização da temática do patrimônio fantasma, perante o diálogo estabelecido entre a produção do conhecimento histórico e a sua difusão por meio das novas tecnologias sociais aplicadas ao turismo e a produção cultural.